quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Mais alguma queixa?

Precisava eu morrer, eu me bater, eu correr?
Para ser respeitada
Precisava que eu fosse de fora para ser escutada

Lembro da Paulista como se fosse ontem
Éramos só nós dois, há tempos não é mais o que acontece
mesmo que os convites de quem nos separou viessem

Eu invejo quem não te conhece, 
porque o alheio sempre é respeitado
quem não está na sua casa não escuta grito
quem não te conhece te compra, e de bom grado

Eu fui acalento, quando o mundo te derrubou
Eu fui compreensão, quando a ignorância você vomitou
Eu fui o saco que apanha, calado, parado e sozinho
Então por que não fazer o mesmo?
Me levantar, pois percebo que aí não é meu ninho

Meus sonhos me levam para fora dessa realidade
Fria, pacata, suja e de luta de egos, fantasiada de amizade
Um bom lugar, um vinho, um alguém que me provoque o sorriso
E que não me culpe pelos próprios erros, famigerado juízo