quinta-feira, 19 de março de 2015

Atirada

Me jogo sim
No mundo
Na face
Me jogo até em mim
Fala alta
Risada alta 
Sou alta 
Eu falo que amo 
Que odeio
Depois dou risada de tudo
Eu também pulo
Pulo pra ver à mim mesma 
Sobre meus pulos, poderia escrever uma resma. 
Não acredito em verdade
Acho que às vezes tem motivo para maldade 
Mesmo que não seja válido 
É também sobre as invasões torrenciais do homem pálido. 
A filosofia de aceitação de pensamentos tenta e me consome 
Afinal, cada homem é um homem 
Mastigo e exalo assuntos complexos
Às vezes sem motivos 
Às vezes sem nexo
Folheio revistas e livros sem poesias 
Não me envergonho deste tipo de heresia. 
No fim das contas
Eu não tenho medo da chuva
E não fico só.