quarta-feira, 24 de junho de 2015

Labareda para eu me consertar

A minha frase 

A menina jogada num canto

Atrás do óculos e do batom vermelho

O que se diz, o que me diz

Do momento passado

Papel passado, mal passado

Não passado.

Não sei o que quero, e se quero

Mas eu quero que...

Mente para mim

Desde que sou, que você sente

Até que consigo ficar na ponta dos pés

Sem bambear.

Não consigo, não

Eu caio.

Nem amar.

Nem ao mar,

Nunca fui à favor de movimentos bruscos.

Apesar de ser assim

Apesar do sim

Apesar de pesar, permanência.

Masoquista coracional,

Poço de flores afogadas

Emocional!

Olho no espelho

Corto meu cabelo bagunçado

Olhos nos meus olhos,

Que brilham, 

Vermelhos, quase fechados

Puxa! Você não cansa mesmo de levar

Dores, conversas da madrugada e na cara

Menina, você não cansa de levar na cara?

Na cara e na coragem 

Em dizer: Hoje Não!

Mas você só sabe dizer isso ao moço

Que entrega cartões de visita na Lapa.