Acordei.
Mas já são 14h.
O tempo passou?
Você também.
Eles também.
Eu também passei.
Passei do ponto.
Juro que não sei onde eu tô.
Espera que tão me ligando.
Não era ninguém.
Não era você, não era minha mãe.
Era a operadora.
Perguntando de você.
O telefone... Acho que é seu.
Mandou umas mensagens.
Uma tal de Karen.
Mandei ela tomar no cu.
Desculpa.
Almocei pelas 17h30.
Almo-jantei.
Jantei de frente pra uma foto sua.
Não tô louca ainda, calma.
É que você ligou de casa pro seu celular.
Eu ainda não tô louca de te atender.
Tô deitada.
Acabada.
Tomando vinho.
Falando nada com nada.
E olha só.
São 22h.
Vou dormir.
Amanhã eu te mando essa carta sobre o dia em que me perdi.